quarta-feira, 1 de maio de 2013

Laufey

``No coração da fortaleza gélida de Jottunheim, onde o caos da guerra contra Asgard ainda não havia penetrado, Laufey observava contemplativo em seu trono de gelo o futuro que lhe aguardava. Apesar de imponente e austéro, como todo Rei deveria ser, havia pesar em seu olhar. Essa seria a última batalha de sua casa, onde seria decidido de uma vez o fim dos conflitos entre os insolentes e pretensos ``deuses`` contra a nobre casa de Jottunhein. - Morte e glória - ele pensou, não havia espaço para o fracasso. Um choro de criança rompeu o silêncio sepulcral da fria sala do trono. Ele se ergueu, e caminhou até o pequeno berço, onde estava seu filho. Ele observou o pequeno Lothur com o rosto triste. A pequena cria, fora considerada um símbolo de fraqueza, e não havia espaço para fraqueza no mundo dos gigantes. Mas no fundo do coração gelado de Laufey, havia um pouco de amor pelo seu sangue. - Meu filho, quando as coisas terminarem, haverá mudanças, e se eu voltar vitorioso, você será o filho do Rei que derrotou Odin, e não será considerado fraco nem uma pária. Agora se seu pai não retornar, o frio e a morte o acolherão e você não viverá para ver a desonra da casa dos Jottuns. - O gigante aproximou-se e beijou o rosto do filho. A criança sorriu. Um som de trombeta ecoou distante, o que alarmou Laufey. Ele sabia a quem pertencia. Com tristeza e determinação, deu adeus a seu filho, partindo a largos passos, cruzando as portas da sala do trono. Ele conclamou os Jottuns, a batalha final estava a sua porta, e este era o derradeiro momento de glória para os Jottuns. De dentro da fortaleza se ouvia o brado - Morte e glória, morte e glória. - que ecoou pelos corredores por alguns minutos até que se silenciassem novamente. Rompido apenas, pelo choro de Lothur...``

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