sexta-feira, 17 de maio de 2013

Imortalidade

`` E então eu tive que morrer para entender de uma vez por todas o significado da imortalidade. E foi o trovão que iluminou com clareza meu caminho. Estava muito frio. O vento cortante de niflheim fustigava meu rosto. Aquela terra inóspita trazia o desespero ao coração de qualquer um. Eu não sabia bem o que procurar nesta terra de mortos. Os espíritos dos inglórios vagavam sem rumo ante a imensidão gelada. Seria eu um inglório vagando por estas terras também? Ante o vento gelado que parecia me sufocar. Uma figura soturna se aproximava a distância. Eu estava com poucas forças para lutar, aquele lugar parecia comsumir minha alma pouco a pouco. Me prostrei de joelhos, ja sem forças, tentando respirar. A figura se aproximava rapida como a própria tempestade de neve. - Pois vejam quem se encontra aqui, tolo e fraco em meus domínios. - Eu vi seu rosto, metade dele uma bela mulher,a outra uma criatura cadavérica. - Então, pai, não se lembra de sua filha Hel? Tudo ficou escuro novamente, e eu desmaiei...

domingo, 5 de maio de 2013

Recorrência

"Você sabe quem você realmente é? Eu faço esta pergunta pois imagine: De que adianta ser um Deus se não te conheces a fundo, e não tens consciência de tua real situação. Eu me lembro de tempos de outrora, quando a chama da imortalidade ardia forte dentro de meu peito, e o chaos reinava sereno no profundo de meu ser. Quando era o deus do Fogo e do khaos, minha centelha era resoluta, e minha divindade, suprema. Mas por ironia do destino, eu cai. E depois de muitas e muitas vidas, eu, com o pouco de merecimento que me restou, me lembrei. A mim for permitido ver tudo o que eu fiz, e tudo que eu ja fui. Era um ser renascido, e em meio ao fato de uma próxima morte, as hierarquias do plano superior me consederam o dom da vida pois a mim era conferido a chance de completar minha tarefa. O turbilhão de luzes era intenso, Raios e trovões. Eu vi algo se aproximar. Eu estava numa brecha na senda do fio da navalha. E um grande raio se depos ante meu caminho. Mas não era só um fenômeno natural. Havia um homem la. Ele me extendeu a mão, e então lembrei de tudo. Ele me chamou pelo nome. - Venha Loki, meu irmão, esta na hora de acordar... Então, eu acordei, estava tudo borrado, tinha algo no meu rosto, estava num hospital e meu corpo físico estava extremamente debilidado. Eu tive que morrer parar ver a verdade, a verdadeira vida... O corpo cedeu, a mente escureceu. Eu precisava de descanso...."

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Laufey

``No coração da fortaleza gélida de Jottunheim, onde o caos da guerra contra Asgard ainda não havia penetrado, Laufey observava contemplativo em seu trono de gelo o futuro que lhe aguardava. Apesar de imponente e austéro, como todo Rei deveria ser, havia pesar em seu olhar. Essa seria a última batalha de sua casa, onde seria decidido de uma vez o fim dos conflitos entre os insolentes e pretensos ``deuses`` contra a nobre casa de Jottunhein. - Morte e glória - ele pensou, não havia espaço para o fracasso. Um choro de criança rompeu o silêncio sepulcral da fria sala do trono. Ele se ergueu, e caminhou até o pequeno berço, onde estava seu filho. Ele observou o pequeno Lothur com o rosto triste. A pequena cria, fora considerada um símbolo de fraqueza, e não havia espaço para fraqueza no mundo dos gigantes. Mas no fundo do coração gelado de Laufey, havia um pouco de amor pelo seu sangue. - Meu filho, quando as coisas terminarem, haverá mudanças, e se eu voltar vitorioso, você será o filho do Rei que derrotou Odin, e não será considerado fraco nem uma pária. Agora se seu pai não retornar, o frio e a morte o acolherão e você não viverá para ver a desonra da casa dos Jottuns. - O gigante aproximou-se e beijou o rosto do filho. A criança sorriu. Um som de trombeta ecoou distante, o que alarmou Laufey. Ele sabia a quem pertencia. Com tristeza e determinação, deu adeus a seu filho, partindo a largos passos, cruzando as portas da sala do trono. Ele conclamou os Jottuns, a batalha final estava a sua porta, e este era o derradeiro momento de glória para os Jottuns. De dentro da fortaleza se ouvia o brado - Morte e glória, morte e glória. - que ecoou pelos corredores por alguns minutos até que se silenciassem novamente. Rompido apenas, pelo choro de Lothur...``